Esse carregou o time nas costas

Meus caros e meus baratos, temos a honra de receber em nossa redaçã um ícone da memória Boloriana para uma nova edição do Perfil Boloral, o único perfil que só mostra o entrevistado de frente porque de lado aparece a pança.

Com muita alegria, trazemos o nosso glorioso Marco Antônio - a saber - o Fiat 147 que foi o transporte da Bolorada por volta de 1984, e participou ativamente de inúmeras galhofagens, salvando o couro da gurizada em instantes decisivinhos.
Chega de aquecimento, vamos meter o gadanho na lata que ele chega a 110 por hora, depois explode!

Bloglori - É um prazer te ver de novo, Marco Antônio.

MA - Cara, quanto tempo! E a Boloragem tem blog! Que legal!

Bloglori - Marco, já batendo de frente e amassando o niquelado, fale de algumas indiadas da bugrada.

MA - São tantas, que tal aquela em que tinha 13 ou 14 caras, e na noite do carnaval, passamos no Négo. Na frente do clube o meu motor apagou, cheio de negrão invocado na rua. A gurizada quase se cagou, mas aí pensei que era melhor sair dali, antes de ter que limpar meus bancos, liguei o meu motor e picamos a govtimula.

Bloglori - Você também tem o recorde de ser o primeiro veículo do Bolori a ter contrariado a lei da gravidade...

MA - E as leis do trânsito também (risadas, tossidas e fumaceira). Sim, foi muito engraçado, estávamos indo para um aníver de 15 anos, seguindo o Mau, que ia naquela Chevetteira Hatch gostosinha e popozuda dele, hoje deve tá uma ruína, se é que não virou galinheiro, pois bem, subimos o Morro da Guampa, e eu embalando desde a Praça Evangélica, consegui chegar a Heróicos 70 km por hora! Quando começamos a embalar na descida, o Mauluco me pára no meio da pista, e liga o pisca para a esquerda, que biito! Só tive tempo de tirar para não atingir a Cheva no bojol dela! Ia me enfiar na peidoleta! E aí, o Mau completou o serviço, quando eu passava a seu lado esquerdo, ele moveu a caranga para a esquerda e bateu na minha roda traseira, e eu (e o Tuta) perdi o contole. Fomos jogados para fora da pista que pariu, voamos uns 4 metros e aterrisamos num gramado molhado de sereno, escorregamos que nem porco na lajota, passamos entre um poste de metal e uma árvore, apenas com espaço para os retrovisores, saltamos uma entrada lateral e caímos numa porção de água da chuva que tinha se acumulado ali para, lindamente, dar um Grand Finale a nosso vôo.
Também houve uma vez que puxávamos um fusca, com o Vladi na direção, e o Lord, que estava no porta-malas caiu embaixo da Fusqueta, o Vladi salvou a vida dele naquele dia.

Bloglori - Legal, Marco Antônio, tantas emoções. Alguns dizem que certas aventuras foram com o Floyd Rose, o segundo Fiat, o que você tem a dizer sober isto?

MA - Eu acredito em destino, reencadernação e em lobisomem, não necessariamente nessa ordem, então as aventuras que envolveram o Floyd significam que era eu que estava ali com a gurizada, só que com outro corpo, outro espírito, outro IPVA, mas os tapetes de borracha eram os mesmos.

Bloglori - Marco, uma última pergunta. por que Marco Antônio?

MA - Olha, isso eu não sei dizer, é coisa da gurizada. por que tu não pergunta para eles, por exemplo praquele gurizão cabeludão, um tal de Sandoval, como está ele? E aquele magrinho, o Samuel, continua seco? E tem um que eu sempre achei que seria o mais alto de todos, o Iuri, como vai?

Bloglori - Ah, sim, é, claro, vão todos bem, com muita saúde. Marco, obrigado por sua longa jornada vindo do imaginário Boloral, pode estacionar ali na garagem do panteão dos célebres veículos Bolorais, junto à RDZ do Vladi, a motinho do Xandu, a Carbono 14 do Bino, a Gisele do Sandova, a Cheveta do Sam, a RX asmática do Wil, só gatinhas, se deu bem, hein meu chapa!

MA - Tô na área, se apitar é uma junta que estourou!

Tuta