Perfil Boloral: Melequento e cheio de dedos
Bandia, bastarde, cutenacht! O perfil Boloral apresenta uma entrevista das mais chinelonas com aquele que é o símbalo de toda uma era que se iniciou nos anos 80 e que até hoje tem representantes mujicais no Bolori: Com vocês, vindo dos pântanos do inconsciente Boloriano, o Sapo de Plástico!
Bologri: Alô, sapinho, como vai, xiru véio?
SDP: Aí, curissada, muito bom ver vocês, quanta saudade!
Bologri: Pous é, em suas fileiras passaram muitos bolorianos, alguns realmente chegaram a algum lugar com a música. Sabendo disso, como você se sente?
SDP: Me sinto muito frio, pois tenho sangue gelado. Me alegro de ter podido participar daquele momento, não fomos os pioneiros, pois sempre há alguém na frente da gente, né?
Bologri: Cheio de verrugas e malandroso. Como era aquela época?
SDP: Muito bacana, a gurizada tocava som direto, não direito, mas era divertido. Os anus passaram e vi coisas muito boas, como o Exilados do Sudão, Suburbanda, Efedefrete, Trouble Makers, Carbura. Não tenho a pretensão de ter um dia contribuído, fico feliz apenas por ter sido testemunha da história. Até hoje muitos tocam uma mujiquinha que outra, e isso é muito legal, não apenas consumir a música, não apenas consumir literatura, mas produzir também, mostra que a Boloragem vai mais fundo na pegada.
Bologri: E por que acabou?
SDP: Tinha começado um dia para acabar? Nada, não era uma banda que havia ali, eram amigos fazendo algo em comum, que todos curtiam. A amizade era o lance.
Bologri: E as pererecas, rolavam muitas?
SDP: Isto é confidencial, ou seja, não rolava nada. (risos e coaxadas). Só se fossem rolar para longe da banda.
Bologri: Como foi o primeiro ensaio?
SDP: Foi o melhor dos ensaios, no recanto baiano, a bateria do Daniel era feita de cadeiras de vime da tia Carmem com saques feitos na banda de 7 de setembro do Colégio Estadual, a Tocha apareceu com duas guitarras, uma era de aglomerado e estava CDsmanchando, o Sandova tocou baixo num violão, e assassinamos a música "Angie" dos Stones.
Bologri: Vocês ensaiaram em todos os lugares possíveis, não?
SDP: Sim, pela quantidade de locais e ensaios, poderíamos tocar Rush, Yes e Pink Floyd, mas por muito tempo ficamos apenas tentando nos achar. Quando nos achamos, vimos que não devíamos ter começado a procurar. Hahahahah
Bologri: Valeu, sapo véio.
SDP: Croac!
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5 Comentários:
Lembram que a gente colocava "teasers" no Jornal Regional? O Tuta desenhava o Sapo num boxzinho c/ alguma mensagem e colocávamos na coluna social do Cako Stork, o Potins do Cako, no tempo que eu e o Mau fazíamos a diagramação desse periódico no casarão em cima do também finado Bar 17, ao lado do idem Bôca.
Vocês também fizeram o regional numa casa na frente do Harly Davidson Hickmann, lembram?
Tuta
Puêrra, mas agora vocês estão forçando a barra no quesito memóriua nacional. E pior, também consigo me lembrar dessas coisas todas... ahahaha. Estamos ficando velhos de verdade.
É verdade. Naquela casa, hoje demolida, na época em ruínas, foi o canto do cisne do jornal. Naquela época pré-computer, mas no top da tecnologia da época, a gente esperava dias até nossas laudas datilografadas voltarem em formas de tiras de papel com textos e chamadas em foto-composição de PoA pra colar nas páginas do jornal.
Falei dias atrás do prédio do 17 para o Nesca. Via, por um acaso, que há 1917 em relevo e um gárgula com asas na cabeça a la Asas do Desejo de Win Wenders em Berlim.
Pedi que o Rafa, fotógrafo profi, fizesse uns clicks. O Nesca me disse que o Pittia, a pedido do Vladi, já tinha tido esta idéia há mais tempo
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